Metro 1
Às
vésperas do Dia da Consciência Negra, a ser celebrado na próxima terça-feira,
dia 20 de novembro, o Metro1 apresenta a história da professora Lúcia Maria de
Araújo Góes Santos, que venceu uma longa batalha judicial contra um hotel e uma
empresa de segurança, após um episódio de racismo que a deixou com sérios
traumas psíquicos.
O
episódio fatídico aconteceu no dia 21 de fevereiro de 1998, um sábado de
Carnaval, quando a professora universitária, de etnia negra, marcou com o filho
para buscá-lo no camarote de um colega no Hotel Caesar Towers, localizado no
bairro de Ondina. Acompanhada de um casal de amigos, ela foi ao encontro do
filho, que havia participado de um bloco durante a tarde.
Como
costumava frequentar o restaurante Alfredo di Roma, que funcionava no hotel,
decidiu entrar no prédio para jantar, levando o casal. Após os amigos de Lúcia
adentrarem o estabelecimento, sem nenhuma dificuldade, ela tentou seguir a
dupla, mas foi barrada na porta por um segurança. O homem, de iniciais A. C. A.
J., segurou a professora pelo braço, despertando olhares da multidão que estava
em volta. Segundo ele, Lúcia estava invadindo o espaço.
A
professora ainda argumentou, em vão, que era frequentadora do estabelecimento.
Mas o segurança, que se mostrou irredutível, ainda vociferou: "veja só,
essa neguinha está querendo entrar no hotel".
Neste
momento, ficou evidente, para Lúcia, que o motivo de estar sendo barrada era a
cor da sua pele. Constrangida, ela pediu que o segurança soltasse seu braço e
se retirou do local.
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