Metro 1
Um
levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que 62.270 pessoas com menos
de 45 anos morreram no país, entre os anos 2000 e 2010 vítimas do acidente
vascular cerebral (AVC). Só pelo Sistema Único de Saúde (SUS), do início da
década até setembro deste ano, 200 mil pacientes nessa faixa etária foram
internados.
"Essa
é uma tendência mundial, que vem com o aumento dos chamados fatores de risco -
obesidade, hipertensão, diabete e sedentarismo. Com tecnologia e melhores
serviços, a mortalidade cai", afirma o secretário de Atenção à Saúde do
ministério, Helvécio Miranda Magalhães.
A
tecnologia mais recente adotada pelo Ministério da Saúde é o medicamento
alteplase, único aprovado para o tratamento de AVC isquêmico (quando não há
hemorragia; tipo que responde a 80% dos derrames). O remédio passou a ser
fornecido pelo SUS em abril. Se for ministrado até 4h30 depois dos primeiros
sintomas, reduz as sequelas do derrame.
O AVC
pode ser isquêmico, quando há entupimento dos vasos que levam sangue ao
cérebro. Ou hemorrágico, quando esses vasos se rompem. Em idosos, a causa
principal é a aterosclerose, processo de inflamação que leva à obstrução das
artérias por placas de gordura, explica o vice-presidente da Associação
Brasileira de Neurologia (Abneuro), Rubens José Gagliardi.
"Nos
jovens, as causas são diferentes, como malformações cardíacas ou nas artérias,
uso de drogas e de anorexígenos, como femproporex e anfepramona
(anfetamínicos), remédios já proibidos", diz Gagliardi. Ele cita ainda o
uso de anticoncepcionais associado ao tabagismo, além da gravidez.
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