Atarde
A pouco mais de um mês para o Congresso
Nacional entrar em recesso, o parecer preliminar do Orçamento Geral da União de
2013 (OGU) ainda não foi votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO). A demora
na apreciação pode atrasar a votação final da proposta orçamentária do ano que
vem. Para acelerar o processo, o presidente da comissão, deputado Paulo Pimenta
(PT-RS), convocou sete reuniões entre terça-feira e quarta-feira da próxima
semana.
A
expectativa dos parlamentares é conseguir finalmente aprovar o parecer
preliminar do senador Romero Jucá (PMDB-RR), para que seja aberto o prazo para
apresentação das emendas ao texto. Poderão ser apresentadas emendas
individuais, de comissões e de bancadas. Depois, todas essas emendas deverão
ser divididas para serem apreciadas por relatores setoriais de diversas áreas.
Os
relatores setoriais serão encarregados de subsidiar o relator geral com
sugestões de investimentos em diversas áreas, tais como agricultura, educação,
saúde, entre outros. Por isso, os relatórios deles devem ser apreciados e
votados antes que o relator Romero Jucá produza seu parecer final. Tudo isso
deveria acontecer até o dia 18 de dezembro, quando está previsto o início do
recesso legislativo no Congresso.
Os
parlamentares (deputados e senadores), entretanto, já admitem que poderão
precisar prorrogar o prazo para 21 de dezembro porque não será possível
concluir tudo a tempo. Para isso, eles trabalham com a hipótese de acelerar os
trabalhos de apreciação da proposta orçamentária para que ela seja aprovada na
comissão e no plenário do Congresso Nacional antes do Natal. Se isso não
ocorrer, a presidenta Dilma Rousseff poderá
iniciar o terceiro ano de seu mandato sem ter o Orçamento de 2013
aprovado.
Paralelamente
ao trabalho em torno da proposta orçamentária, os parlamentares do Comitê de
Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de
Irregularidades Graves (COI) ainda precisam emitir um parecer sobre a
recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) de que devem ser suspensos os
repasses de recursos públicos para 22 obras do governo federal. Na avaliação do
TCU, esses empreendimentos têm indícios de irregularidades graves e devem ser
paralisados para que os problemas sejam sanados.
Como
os ministros do TCU fazem uma avaliação puramente técnica sobre os problemas
nas obras públicas, cabe aos parlamentares a decisão política sobre a suspensão
do repasse de verba para os empreendimentos.
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