segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Menina arremessada de brinquedo no DF tem traumatismo craniano


G1
Entrada do parque Nicolândia, em Brasília, com placa de interdição da Defesa Civil  (Foto: Willian de Farias/G1)A menina de 12 anos que foi arremessada de um brinquedo neste domingo (25) no parque de diversões Nicolândia, em Brasília, sofreu traumatismo craniano leve, segundo boletim médico duvulgado nesta segunda-feira (26) pelo Hospital Santa Lúcia, onde ela está internada. Raquel Cristina Sousa Cunha também sofreu fratura na clavícula e na coluna cervical.
O boletim médico informa que a menina está em “bom estado geral, lúcida e orientada, sem comprometimento dos movimentos”. Ela ainda passará por novos exames de imagem para definição do melhor procedimento em relação à coluna cervical, de acordo com o boletim.
O Nicolândia foi interditado pela Defesa Civil nesta segunda. No fim da manhã, dois homens que se apresentaram como donos do parque disseram ao G1 que estavam viajando e só comentariam o ocorrido na terça-feira (27), após se informarem sobre o acidente.
A mãe da menina ferida, a contadora Carmem Lúcia Souza, contou que a filha estava com mais três amigas da mesma idade comemorando o aniversário de uma delas no Parque da Cidade. Segundo Carmem, o pai da aniversariante acompanhava as garotas quando aconteceu o acidente.
“O brinquedo é preso apenas com uma barra. Não tem cinto de segurança e ele gira muito rápido. Ela não conseguiu segurar e foi arremessada para fora do brinquedo”, afirmou. Depois de ser arremessada, a garota teria batido a cabeça em uma grade.

O advogado do Nicolândia, Adelino Tucunduva Júnior, negou que a menina tenha sido arremessada. Segundo ele, ela se desequilibrou e caiu após levantar do banco enquanto o equipamento girava. “Ela foi advertida por funcionários a se sentar novamente, mas não obedeceu e acabou caindo”, afirmou.
Ele também informou que o brinquedo chegou a ser desligado após a adolescente se levantar, e estava parando no momento da queda. “O parque funciona há 35 anos e obedece as normas da ABNT [Associação Brasileira de Normas e Técnicas]. O que aconteceu foi uma falha do usuário, que não respeitou o brinquedo, por ignorância ou por querer aparecer, o que é típico da idade”, declarou Tucunduva.
O subsecretário de operações da Secretaria de Defesa Civil do Distrito Federal, coronel Sérgio Bezerra, informou nesta segunda que a interdição do parque foi motivada pela impossibilidade de acesso do órgão fiscalizador ao brinquedo onde o acidente aconteceu, o Rock and Roll. Além disso, o coronel afirmou que o parque funciona por meio de liminar, sem documentação técnica ou de licenciamento.
“O parque será interditado porque não havia responsável para permitir testes com o brinquedo”, disse Bezerra. De acordo com ele, a interdição dura até os responsáveis se apresentarem e permitirem acesso ao equipamento. O advogado do Nicolândia disse que o local estava fechado porque não é aberto às segundas-feiras. Segundo Tucunduva, o parque passou por vistoria do Corpo de Bombeiros para poder funcionar por meio de liminar.

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