Atarde
O formato de ferradura e a abertura na
arquibancada que exibe como pano de fundo o Dique do Tororó são os mesmos, mas
o imponente monumento que se ergue celeremente no coração de Salvador pouco ou
nada diz aos familiares dos torcedores que, há exatos cinco anos, sucumbiram ao
desabamento de uma parte da arquibancada superior da antiga Fonte Nova.
Diante
da iminência de a nova Arena ser entregue para servir à Copa das Confederações,
em 2013, e à Copa do Mundo, em 2014, a maior parte dos parentes das sete vítimas
daquele fatídico 25 de novembro de 2007 ainda guarda mágoa dos administradores
do antigo estádio e rechaça qualquer possibilidade de revisitar o local.
"Eu
não faço nem ideia do que se passa por lá. A responsabilidade deles foi muito
grande. Tudo podia acontecer, mas a ambição do dinheiro levou àquilo",
conta Elias Santos, pai da vítima Midan Andrade Santos.
Segundo
Ilka Oliveira, assistente social que, desde a época do acidente, ajuda os
familiares a receberem as indenizações junto ao governo baiano, os parentes das
vítimas Márcia Santos Cruz, Joselito Lima Júnior, Milena Vasques Palmeira,
Djalma Lima Santos, Anísio Marques Neto e Jadson Celestino Araújo Silva não
querem mais falar sobre o assunto, mas partilham do sentimento de Elias.
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