Para não ter uma conta de luz
mais alta, os brasileiros podem ter que pagar mais em outros tributos. Segundo
a Secretaria de Receita Federal, alguns tributos podem ser elevados já no curto
prazo. O objetivo é compensar o gasto adicional de R$ 4 bilhões do governo com
a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), resultado do acionamento das
usinas térmicas por conta da baixa nos reservatórios das hidrelétricas. "A
Receita Federal apresenta uma cesta de possibilidades para o ministro da
Fazenda [Guido Mantega] e para a Casa Civil [da Presidência da República,
comandada por Aloisio Mercadante]. Os estudos foram feitos e a construção de
cenários foi realizada. Não temos como dizer quais impostos vão subir, mas
algumas medidas estão em vias de implementação", declarou o
secretário-adjunto do órgão, Luiz Fernando Teixeira Nunes, nesta terça-feira
(25). Ele acrescentou que "outras medidas podem ser adotadas" no
futuro. Entre os setores que podem ser taxados pelo governo neste ano estão os
cosméticos e as chamadas "bebidas frias", como cervejas e
refrigerantes, além de ajustes no PIS e Cofins na importação para
"recompor" a retirada do ICMS da base de cálculo dos tributos
determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Estas possibilidades estão no
rol de medidas apresentadas à área econômica e à Casa Civil da Presidência da
República que podem vir a ser adotadas pelo governo, disse o secretário-adjunto
do Fisco.(G1)
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